A cigana
Pedro bento e zé da estradaMandou ler a sua sorte, a cigana assim dizia
A sua querida esposa vai ter uma linda filha
Também a sua criada, a mulher do Zacaria
Vai ter um a garotinho e vão se casar um dia
O homem falou nervoso: - Eu não acredito em sorte!
Eu só creio no dinheiro, nuca vi coisa mais forte
Dinheiro tenho bastante, vou preparar o corte
Contratou um cangaceiro, foragido lá do norte
Antes de nascer o menino, empreitou a sua morte!
O filho da empregada, nasceu forte inteligente
O carrasco teve pena daquele pobre inocente
Sequestrou o menininho, mas agiu bem diferente
Sujou a sua arma com sangue de outro vivente
E, mostrando como prova o patrão ficou contente!
Este menino cresceu, o carrasco deu cultura
Conseguiu vários diplomas e anéis de formaturas
Estudando conheceu uma linda criatura
E ficou enamorado dessa bonita figura
De um dia se casarem, beijando trocaram juras!
No dia do casamento ao saírem do altar
Lá estava o pai da noiva, ocupando seu lugar
Na igreja entrou uma velha para lhe cumprimentar
- Eu sou aquela cigana , o senhor deve lembrar
E o noivo é o menino que o senhor mandou matar!
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