João, pedro e maria
Pedro bento e zé da estradaO povo todo sabia
Que João era de Maria, Maria era de João
Mais foi num dia de festa tinha dança e cantoria
Um moço ali do lugar
Era Pedro, agarrou a olhar no doce olhar de Maria.
E o olhar de Maria no olhar de Pedro parou
Um baque no coração,
O fogo de uma paixão numa lágrima brilhou.
Como uma flor que morreu João sentiu que Maria
Dele já se distanciava
Não falava, nem brincava até mesmo nem sorria.
Era um domingo à tarde João convenceu Maria
A passear lá na mata,
Ir até aquela cascata onde se banhara um dia
O Sol foi se escondendo por de trás da serrania
Parece que adivinhava
Que ali agonizava todo sonho de Maria.
Foi quando João perguntou e Maria respondeu
Assim dizendo sem medo
Seu amor era de Pedro, o amor de Pedro era seu.
A morte ali rondava, chamou e ela atendeu
Dois tiros, um pra Maria
Outro a morte pedia e João também morreu.
Hoje naquele lugar diz que tem assombração
Tem gente que viu Maria
Sair nua da água fria chamando por Pedro e João
Diz um escrito na pedra gravado naquele dia
As águas dessa cascata
São as lágrimas da mata chorando por Maria.
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