Profissionalismo É isso aí
Pedro camargo mariano
Era eu e mais dez num pardieiro,
No Estácio de Sá
Fazia biscate o dia inteiro,
Pra não desovar
E quanto mais apertava o cinto,
Mais magro ficava, com as calça caindo
Sem nem pro cigarro, nenhum pra rangar
Falei com os dez do pardieiro,
Do jeito que tá
Com a vida pela hora da morte,
E vai piorar
Imposto, inflação, cheirando assalto
"Juntando" a família na mesma quadrilha
Nos "organizamo" pra contra-assaltar
Fizemos a divisão dos trabalhos:
Mulher: suadouro, trotuá
Pivete: nas missas, nos sinais
Marmanjo: no arrocho, pó, chantagem
Balão apagado, tudo que pintar
E assim "reformamo" o pardieiro,
"Penduramo" placa no portão
Tizil, cospe-grosso, e seus irmãos
No ramo atacadista,
Convidam pro angu de inauguração
Tenteia, tenteia, com berro e saliva
"Fizemo" um pé-de-meia
Tenteia, tenteia, com berro e saliva
"Fizemo" um pé-de-meia
Hoje tenho status, mordomos,
Contatos, pertenço à situação,
Mas não esqueço os velhos tempos:
Domingo numa solenidade,
Uma autoridade me abraçou,
Bati-lhe a carteira, nem notou,
Levou meu relógio e eu nem vi,
Já não há mais lugar para amador
No Estácio de Sá
Fazia biscate o dia inteiro,
Pra não desovar
E quanto mais apertava o cinto,
Mais magro ficava, com as calça caindo
Sem nem pro cigarro, nenhum pra rangar
Falei com os dez do pardieiro,
Do jeito que tá
Com a vida pela hora da morte,
E vai piorar
Imposto, inflação, cheirando assalto
"Juntando" a família na mesma quadrilha
Nos "organizamo" pra contra-assaltar
Fizemos a divisão dos trabalhos:
Mulher: suadouro, trotuá
Pivete: nas missas, nos sinais
Marmanjo: no arrocho, pó, chantagem
Balão apagado, tudo que pintar
E assim "reformamo" o pardieiro,
"Penduramo" placa no portão
Tizil, cospe-grosso, e seus irmãos
No ramo atacadista,
Convidam pro angu de inauguração
Tenteia, tenteia, com berro e saliva
"Fizemo" um pé-de-meia
Tenteia, tenteia, com berro e saliva
"Fizemo" um pé-de-meia
Hoje tenho status, mordomos,
Contatos, pertenço à situação,
Mas não esqueço os velhos tempos:
Domingo numa solenidade,
Uma autoridade me abraçou,
Bati-lhe a carteira, nem notou,
Levou meu relógio e eu nem vi,
Já não há mais lugar para amador
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