Relógio
Pedro madeira
Deixei o meu lugar para fingir
Sair da escuridão do meu caminho
Escrevi na carta aquilo que perdi
E encruzilhei-me num novo destino
Aqui tu e eu, não éramos um mundo já vivido
Tu e eu, não parávamos o ciclo dos sentidos
E apenas eu, fiquei à espera de voltar
Mas o relógio não parou para ti
Sair da escuridão do meu caminho
Escrevi na carta aquilo que perdi
E encruzilhei-me num novo destino
Aqui tu e eu, não éramos um mundo já vivido
Tu e eu, não parávamos o ciclo dos sentidos
E apenas eu, fiquei à espera de voltar
Mas o relógio não parou para ti
Deixei a minha idade para sentir
A pele da minha infância a sair
Na sola do passado vão os passos
Que dei sem as botas que hoje calço
Aqui tu e eu, não éramos um mundo já vivido
Tu e eu, não parávamos o ciclo dos sentidos
E apenas eu, fiquei à espera de voltar
Mas o relógio não parou para ti
Porque tu e eu jurámos no passado um futuro
Tu e eu, tentámos ser o traço desse rumo
Tu e eu, criámos rio na nossa foz
E se o relógio não parou para nós?
E se o relógio não parou para nós?
E se o relógio não parou para nós?
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