Piruka

Família ft. vate & savage

Piruka
Hey, ohh Vate
Fala Piruka
Eu sei que muito fala
Mas boy ninguém o escuta
Nós estamos na batalha
Preparados para a luta
Os que apontavam falhas, hoje querem ser da turma,boy

Olham para a minha geração que se afoga sem o cego
Não vejo motivação só muita droga e desemprego
Todos correm pelo pão, isso não é um segredo
Pagar contas, alimentação e tentar viver sem medo
Mais uma vez na tasca, muito fumo e bebida
Meu povo está a rasca, só procura uma saída
Amiga de obriga ou fica em Portugal
Onde para fazer o seu recorre ao ilegal
Tal e qual e na real, verdade é que acontece
O puto nem desconta e a conta só enriquece
Não aquece nem arrefece, é apenas realidade
E tem o mesmo respeito quem faz por necessidade
Eu não quero estar pregado agarrado ao crucifixo
Não preciso de viver no luxo, mas não quero viver no lixo
Tamos na rima a fazer pela vida
E a nossa firma é a mais firme na batida
Somos poetas urbanos, sub-urbanos na cultura
Eu e os meus manos temos planos à altura

Na back ou na front
Trabalho sem desconto
Para esta shit, eu estou pronto
Então falo à vontade
Faço para quem sente
E sente o sentimento
Que sinto cá dentro quando isto invade

Que isto é gangue do mesmo gangue
É sangue do mesmo sangue
Família no comando
Música no contrabando
Sôr agente
O que a gente vende agora é legal
E é rap consciente
Não um mini, minimal
Anda tudo iludido com a vida que leva
Só querem subir e esquecem-se da queda
No verso dou a cara e reverso a moeda
Luto pela minha meta, canto e sou poeta

Não digas que não
Amigo aquilo que eu digo e
Não te faz sentido ou é comichão
Família primeiro repete comigo
Aquilo que eu digo e não digas que não
A turma tá feita, tropa tu respeita
Sente a minha seita e aceita a lição
Família que é torta nunca se endireita
Portanto meu tropa não digas que não x2

Hey, ohh Savage
Fala Piruka
Eu sei que muito fala
Mas boy ninguém o escuta
Nós estamos na batalha
Preparados para a luta
Os que apontavam falhas, hoje querem ser da turma

Mas isso é ridículo
Querem fazer o quê
Entregaram currículo para ver se alguém o lê
Não o rap é simples não há muito parlapiê
Esta turma é tão exclusiva que quase ninguém a vê
E é quase sempre porquê que surge dessa questão
A resposta vem do início desde a primeira junção
Venham juntar mais elementos para ajudar na criação
Para criar consentimento essa mesma sensação
Eu não senti agora não venham dizer que não
Sempre que me encaram preparam-me para matar
Podem não sentir o som, mas sentem a vibração
E se não matei agora deixa-me recarregar
Nao vou inventar nada que já não tenha sido inventado
Nem agradar ninguém que não queira ser agradado
Vim instruir a massa cinzenta que tens na cabeça
E fazer com que a mudança aconteça para teu desagrado
Sente-se incomodado apenas quem não quer mudar
Anda tudo à roda e ninguém fica para contar
Sentes-te acomodado pára de te desculpar
Quem dá muito para remar e a maré está sempre a trocar
De direção dependemente do vento
Assim como as ideias de quem vive do lamento
Não me lamento na vida, peço só mais um momento
Para partilhar alegrias em troca de sofrimentos
Partilhar sabedorias aprender com movimentos
Tornar vidas sombrias em histórias comoventes
Que quando a conversa esfria cria só maus ambientes
E depois nem vale a pena virem cá com panos quentes
E depois nem vale a pena sem conhecer bem o antes
Que eu tou a ver em dias o que não viram em anos
Entrar por várias vias mesmo as que não conhecias
Com magias algarivas para causar vários danos

Não digas que não
Amigo aquilo que eu digo
Não te faz sentido ou é comichão
Família primeiro repete comigo
Aquilo que eu digo e não digas que não
A turma tá feita, tropa tu respeita
Sente a minha seita e aceita a lição
Família que é torta nunca se endireita
Portanto meu tropa não digas que não x2

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