Porcas borboletas

Caminhar a dois

Porcas borboletas
Caminhar a dois, só
vai ser possível se
for cada qual pelo
próprio caminho.

Antes que eu me perca na nuvem negra da sonolência vespertina
E que adormeça sobre os cobertores ao som da vinheta do vídeo-show
Eu que sou minhoca já morta trafegando entre a fome dos peixes do pesque-pague
Preciso te dizer que nosso amor nunca foi fome
Nunca foi sede
Sempre foi tédio
Sempre não foi
Ele que nasceu como um sim à vida
E que morreu como um talvez
Numa tarde de sábado, peixe e tédio
No pesque-pague do bairro Saraiva

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