Psiconáuticos

Salve a relva!

Psiconáuticos
Pés no mato, virgem mata
Canto de águas raras
Gentis pedras, primaveras
Céu, gorjeios, ar

Luz da graça se espreguiça
Sobre a vida
E a gente até pensa
É morrer não ficar
No afago de verdade
Da promessa dessa relva
Salve a relva!
Toda ela!

Verde dorso majestoso
Mãos de pétalas
Teu aroma é o meu torpor
Sutis olhos de estrelas

Vais caminhando
Qual a imensa esfera
Suspensa ao nada
E propensa a brotar
Em eterno recomeço
És o ato, és a seiva
És a força
Toda ela
Salve a relva!
Toda ela!

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