Sobre vivência
Quinteto violado
Quando voltei
Encontrei mandacarus
Velhos soldados que lutaram contra a seca
Agora mãos postas ao céu
Homens, mulheres, crianças
Com o corações queimados
Apenas sol
As espadas, palavras ditas
No cérebro todas esmorecidas
Homens descartavam-se das esporas
Enquanto lagrimas são consumidos
Pelo chão sedento
Olho em cada olhar
De tristeza em chamas
Olhar em brasas
Olhares queimados
Olhares cinzas
Secos
Mortos
Cabeças tombavam lentamente
E para cada cem homens que caiam
Apenas dois bois morriam
Encontrei mandacarus
Velhos soldados que lutaram contra a seca
Agora mãos postas ao céu
Homens, mulheres, crianças
Com o corações queimados
Apenas sol
As espadas, palavras ditas
No cérebro todas esmorecidas
Homens descartavam-se das esporas
Enquanto lagrimas são consumidos
Pelo chão sedento
Olho em cada olhar
De tristeza em chamas
Olhar em brasas
Olhares queimados
Olhares cinzas
Secos
Mortos
Cabeças tombavam lentamente
E para cada cem homens que caiam
Apenas dois bois morriam
O terreiro lá de casa
Não se varre com vassoura
Varre com ponta de sabre
Bala de metralhadora
Quem é homem vai comigo
Quem é mulher fica e chora
Tô aqui quase contente
Mas agora eu vou me embora
Como a noite trás o dia
Com presteza ou com demora
Terá quem andar comigo
Sua vez e sua hora
O que sou nunca escondi
Vantagem nunca contei
Muita luta já perdi
Muita esperança gastei
Até mesmo já senti
E não foi pouquinho não
Mas fugir, nunca fugir
Foi cavando ganhei meu chão
O terreiro lá de casa
Não se varre com vassoura
Varre com ponta de sabre
Bala de metralhadora
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