Não me leve a mal
Realidade cruelNão me leve a mal, é desse jeito infelizmente,
O crime dita a regra e os moleques descarregam os pentes
Se tem polícia tem ladrão,
As ruas são campo minado, campos de concentração
E o que ontem era sonho, hoje é real
Seja no frio, andando a mil pelas ruas da capital
Interior, aonde for, se tem 'hollow point' entupindo tambor
Gangsta, aqui está no ar e aterrorizador
A cada crime cometido, a cada inocente baleado
A cada juiz corrompido, a cada presídio rebelado
A cada, bala que tira a vida de jovem inocente
A cada, dose de chivas, a cada grama de ecstasy
Treme a socióloga que no alto dos prédios
Sente a privacidade afligida pelo circuito interno de filmagem
De toca na cara ladrão age pelas garagens
Se vê que a vida não vale os milhares pela própria privacidade
E o que hoje causa um baque aterrorizante como eutanásia
É ver a própria filha como puta ser traficada
E os moleque grita mesmo:
“solta o corre é desse jeito, gosto de ouro e whisky nas baladas com os parceiros. erre com os irmão, debater as disciplinas, quem deu pé, quem deu me tropeçou na periferia”
Não me leve a mal, é desse jeito infelizmente,
O crime dita a regra e os moleques descarregam os pentes
Se tem polícia tem ladrão,
As ruas são campo minado, campos de concentração.
E na democracia o bagulho é pra lá de nervoso, cabuloso
Quem diria que os homicídio doloso, se pã,
Reduziria em meio a um milhão de fita
Eles lá, nós aqui, cada um faz sua política
E nos ataca os centro-avante vem com as nove e balança
Mais do que confiante faz estremecer a tranca
Se tiver opressão, vai ter família de agente
Diariamente em cortejo funerário infelizmente
Meu deus, tem goleiro mandando esquartejar atriz pornô
Reflexo, complexo desse sistema de dor
E de, ódio que impotencializa a periferia
Bem que aqui eu preferia não ter que citar os polícia
Mas tem porco se masturbando ao ver criança na internet
Quando não assassinando ou estuprando mulheres em série
Na terra da rota, rotam, força tática
Inocentes nos jazigos, superlotando penitenciárias
Não me leve a mal, é desse jeito infelizmente,
O crime dita a regra e os moleques descarregam os pentes
Se tem polícia tem ladrão,
As ruas são campo minado, campos de concentração.
É que meu rap é como um câncer, degenerativo
Pro boy de lamborghini, a filha do empresário rico
Pro rapper que tampa o ouvido, rebola no baile funk
E diz que o som é nocivo, ultrapassado, ignorante
São mais de duas décadas, e tenho orgulho em falar
Político fica em choque quando nós vem dialogar
Problemas sociais, sistema financeiro
A vida pregressa do carcere, sofrimento do detento
To no meio da faixa de gaza brasileira periférica
Escrevendo outro roteiro que em breve será sucesso nas telas
Na caçamba da amarok de placa trocada
O caixa eletrônico arrancado da agência bancária
Não me leve a mal, é desse jeito infelizmente,
O crime dita a regra e os moleques descarregam os pentes
Se tem polícia tem ladrão,
As ruas são campo minado, campos de concentração.
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