Não julgar pela aparência
Retorno ao evangelho verdadeirodo que seja julgar
pela aparência
e não pela reta justiça,
pode ser achado
nas palavras
que os crentes de Corinto
dirigiram contra o apóstolo Paulo,
por considerá-lo rude, duro e grosseiro.
Eles diziam de Paulo
coisas que não correspondiam
de modo algum à verdade,
senão ao modo deles julgarem
incorretamente
o que estava ocorrendo de fato
na maneira como o apóstolo
era obrigado a agir
em relação a eles
em várias ocasiões.
Veja o que eles diziam:
“As cartas, com efeito,
são graves e fortes
mas a presença pessoal dele
é fraca, e a palavra, desprezível.”
II Cor 10.10
Na verdade,
eram os próprios crentes
que despertavam
as correções de Deus
através do apóstolo,
por causa do comportamento
rebelde deles contra a Sua Palavra.
E toda vez que uma congregação
se comportar do modo carnal
no qual viviam os coríntios,
seus dirigentes,
se forem homens de Deus,
dirigidos pelo Espírito Santo,
serão movidos por Deus
a fazerem repreensões,
admoestações e exortações,
porque o Senhor
não deixará passar em branco
tal comportamento carnal na Igreja.
Como crentes carnais
não podem discernir
as coisas espirituais,
então ficam sujeitos
a fazerem um julgamento incorreto,
ou seja,
que não corresponda à reta justiça,
porque verão as coisas
do seu ponto de vista carnal.
Afinal Deus não é duro e cruel.
Deus é amor.
É longânimo e perdoador.
Todavia, o crente carnal
sempre considerará
os mandamentos de Deus penosos,
e o próprio Deus,
um Senhor duro e inflexível.
Mas, por temerem considerar
o próprio Deus
de tal forma direta,
transferem seus juízos e sentimentos,
para os ministros
que se encontram ao Seu serviço,
tal como fizeram os coríntios
no passado em relação a Paulo.
Com isto, agravavam o juízo,
porque o apóstolo
não era de modo algum,
alguém que fosse duro e cruel,
porque outras igrejas fiéis,
como era o caso
de Tessalônica e Filipos,
não tinham tal juízo
em relação ao apóstolo,
senão o de considerá-lo
um pai afável e fiel
que lhes disciplinava
por amor a eles e ao Senhor.
Paulo se sentia constrangido
e muito sofria
pelo uso que tinha
que fazer da autoridade
que lhe fora dada por Deus,
não para destruição,
mas para edificação,
e não raras vezes
ele disse isto aos coríntios,
mas eles não poderiam
compreender os seus motivos,
em razão da sua carnalidade.
Assim, não era Paulo
que era o problema
mas os próprios coríntios,
que confundiam
exercício de autoridade
com autoritarismo
e tratamento duro e cruel.
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