Apnea
Ricardo arjonaLa magnitud de la ruptura tardo 24 horas en digerirse
Cuando se hizo martes, y fue de noche
Los fantasmas de la ausencia empezaron a adueñarse de todo
Mientras se desintegraban los sueños
Se multiplicaban los fantasmas
La risa, como cosa del pasado
El llanto, lluvia desbordada
Aprender a vivir en compañía
Fue negarse a vivir en soledad
El aire se hace denso
Los días se hacen largos
Y las noches son infiernos de insomnio y melancolía
Tantos martes, tantos setiembres
Y solo acá, una fecha cualquiera
Marco el principio, de un final en pausas
Ese día empezó, lo que terminaba
Cabe un siglo en este martes por la noche
Dueles más que el peor dolor que se inventó
El espejo lanza dardos de reproche
Hoy empieza lo que ya se terminó
La esperanza se tiró por la ventana
El insomnio se quedó a vivir aquí
El ayer lo dejó todo pa´mañana
Y el mañana, cuando esté, yo ya me fui
No consigo respirar
Hago apnea desde el día en que no estás
Caigo hasta el fondo del mar
Arañando la burbuja en que no estás
Imposible respirar
El oxígeno se fue de este lugar
Te regalo esta canción desesperada
Desabrida como lunes por la tarde
Colapsado caigo al fondo y en picada
Y no tengo ni el valor pa´ser cobarde
No consigo respirar
Hago apnea desde el día en que no estás
Caigo hasta el fondo del mar
Arañando la burbuja en que no estás
Imposible respirar
El oxígeno se fue de este lugar
Prisa de rendirse y claudicar
Descenso en espiral, profundidad
Amnesia de pelear por respirar
Deseo de rendirse en soledad
Oxígeno golpeando una pared
El pulso tropezando sin radar
Colapsa corazón a su merced
Morir será mejor que recordar
No consigo respirar
Hago apnea desde el día en que no estás
Caigo hasta el fondo del mar
Arañando la burbuja en que no estás
Imposible respirar
El oxígeno se fue de este lugar
O tamanho da ruptura levou 24 horas para digerir
Quando chegou terça, e foi de noite
Os fantasmas da ausência começaram a se apoderar de todos
Enquanto se desintegravam os sonhos
Se multiplicavam os fantasmas
O riso, como coisa do passado
O choro, a chuva transbordante
Aprender a viver em companhia
Foi negar-se a viver na solidão
O ar se faz denso
Os dias são longos
E as noites são infernos de insônia e melancolia
Tantas terça-feira, tantos setembros
E só aqui, uma data arbitrária
Marca o início, de um final em pausas
Neste dia começou, o que terminava
É um século nesta terça à noite
Dói mais que a pior dor que foi inventada
O espelho lança dardos de reprovação
Hoje começa o que já terminou
Esperança se atirou pela janela
Insônia veio morar aqui
O Ontem deixou tudo para amanhã
E amanhã, quando estiver, eu já fui
Eu não consigo respirar
Tenho apneia desde o dia em que você não está
Caio até o fundo do mar
Arranhando a bolha em que você não está
Impossível respirar
O oxigênio foi este lugar
Te dou de presente esta canção desesperada
Sem brilho como segunda-feira à tarde
Desmaiado caio ao fundo em mergulho
E eu não tenho nem o valor para ser covarde
Eu não consigo respirar
Tenho apneia desde o dia em que você não está
Caio até o fundo do mar
Arranhando a bolha em que você não está
Impossível respirar
O oxigênio foi este lugar
Pressa de render-se e desistir
Descendo em espiral, profundidade
Amnésia de lutar para respirar
Desejo de render-se em solidão
Oxigênio golpeando uma parede
O pulso tropeçando sem radar
Colapsa coração à sua mercê
Morre será melhor que lembrar
Eu não consigo respirar
Tenho apneia desde o dia em que você não está
Caio até o fundo do mar
Arranhando a bolha em que você não está
Impossível respirar
O oxigênio foi este lugar