Berrante de ouro (part. duduca e dalvan)
Rionegro e solimões
Nesta casinha junto ao estradão
Faz muito tempo eu parei aqui
Vem minha velha vamos recordar
Quantas boiadas eu já conduzi
Fui berranteiro e ao me ver passar
Você surgia me acenando a mão
Até que um dia eu aqui fiquei
Preso no laço do seu coração
Faz muito tempo eu parei aqui
Vem minha velha vamos recordar
Quantas boiadas eu já conduzi
Fui berranteiro e ao me ver passar
Você surgia me acenando a mão
Até que um dia eu aqui fiquei
Preso no laço do seu coração
Vê ali está o meu berrante
No mourão do ipê
Vou cuidar melhor
Porque foi ele que me deu você
Me lembro o dia que eu aqui parei
Daquela viagem não cheguei ao fim
Foi a boiada e com você fiquei
E os peões dizendo adeus pra mim
Vem minha velha veja o estadão
E o berrante que uniu nós dois
Nuvens de pó que para trás deixei
Recordações do tempo que se foi
Daquele tempo que bem longe vai
O meu berrante repicando além
Ecos de choro vindos do sertão
Ao recordar fico a chorar também
Não é de ouro meu berrante não
Mas para mim ele tem mais valor
Porque foi ele que me deu você
E foi você que me deu tanto amor
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