Rogerio sarralheiro

Último dia

Rogerio sarralheiro
Então vê se vigia e se hoje for teu Último Dia?
E de que valeu tanta correria,
nada não valeu de nada.
Pra que tanto dinheiro, não adianta por no bolso do
terno.
Eles não aceitam isso lá no inferno,nada isso não vale
nada.

Encha o celeiro com ouro prata e dinheiro,
junta grana e capital lá no estrangeiro,
faz seu nome, monta seu império, da role de "BM" zero,
Uma duas três motos, vinho caro na adega pra encher
vários copos,
mansão com quinze quartos, jet-ski no engate da
Cherokee,
cordão de ouro em volta do pescoço,
varias viagens, varias modelos, dentro da
hidromassagem.

Quem tem muito tem porque roubou
se não roubou de mim, é porque seu tataravô roubou meu
tataravô
e por isso mesmo ficou,
Ficou nada se for assim cadê à justiça do Deus do Céu,
Rico mesquinho vai queimar que nem papel,
grana não muda nada, não altera pro Criador,
Dinheiro move o mundo mais não move quem o criou.


Debaixo do colchão, ou num paraíso fiscal,
Tenho um pouco lá no porão,
Você acha que tudo isso é normal,
Afinal você pensa grana nunca é demais,
Ela trás muita segurança ela alcança glória, status,
fama e poder,
Se para isso acontecer, alguém tiver que morrer, você
diz: - Antes ele do que eu cuido do que é meu.
E foi pro saco, é só mais um,
Na tua frente eu sei que não sobra nenhum,
Ninguém fica vivo pra conta história,
Vira só mais um fantasma na memória.
E se eu te disser que agora o seu tempo acabou
Tua vida foi pesada na balança,
Tantos que roubou tantos que matou, quem você pisou,
Pra chegar onde queria (você sabia),
Você ainda vai provar um paletó de madeira
Choram no velório a noite inteira
Seus amigos sua família você não vai ver
Aonde estará quando tudo isso acontecer
(fim de jogo negro).
Agora de joelho se arrependa do mal que fez
Se for sincero, Deus te ouvirá por mais uma vez
Caso contrario a justiça tem fome,
O inferno chama o teu nome.

Se a raiz de todos os males cresceu e virou arvore
ingrata,
Vai dar fruto amargo que não vai servir pra nada,
E arvore que não produz nada vira lenha,
Só serve pra queimar e vira cinza na fogueira.
A grandeza de um homem
Se mede pela humildade, pela verdade, pela
sinceridade,
Pela submissão ao Deus de verdade,
Então ajoelha ora respeita,
Pede licença pra entrar na casa do Rei,
Tira o sapato pra não sujar a casa do Rei,
Fica descalço pra pisar no chão do Rei,
Quem quer muita riqueza acaba ficando sem.
Perde a paz os amigos, e fica sem ninguém,
Troca a alma por um milhão em nota de cem,
Virou refém do próprio egoísmo,
Caiu dando risada na abismo, achou que tava no lucro
saiu no prejuízo.

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