Avenidas
Rui veloso
Os que foram embora esta tarde
Já nem esperam pela ceifa do trigo
Quando a minha vez chegar
Não vou levar nada comigo
Este ano depois da víndima
Nos dias das primeiras chuvas
Os velhos vão ficar sozinhos
A ouvir fermentar as uvas
Já nem esperam pela ceifa do trigo
Quando a minha vez chegar
Não vou levar nada comigo
Este ano depois da víndima
Nos dias das primeiras chuvas
Os velhos vão ficar sozinhos
A ouvir fermentar as uvas
O rio vai voltar a encher
De novo vai entrar pela aldeia
Mas eu não estarei cá para ver
Regresso certo da cheia
Na cidade o rio é o mesmo
Mas tem faróis e petroleiros
E os guindastes despejam nos molhes
Os caixotes dos cargueiros
O rio encheu as redes dos velhos
Mas eu não aprendi a pescar
E na cidade há avenidas
Que vão direitas ao mar
O rio vai voltar a encher
De novo vai entrar pela aldeia
Mas eu não estarei cá para ver
Regresso certo da cheia
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