A caneta e a enxada

Ainda me lembro da minha infância quando era menino
Quando eu nasci meus pais fizeram planos para meu ensino
A escolinha, a professorinha do interior
A namoradinha, meu primeiro amor.
Naquela tempo, sim era feliz

Se foi o tempo e eu ingressei na faculdade
Lugar estranho e também distante do interior
Longe de tudo o que eu mais queria o maior amor
Minha alegria foi morrendo aos poucos
Aqui n cidade onde estou agora

Com o meu diploma eu ganho dinheiro mas não sou feliz
Não consegui fazer na vida o que sempre quis
Mas eu trocava minha cadeira advogado
Por um bom cavalo pra levar o gado.
Para beber água no rio Paraná.

Eu quero apenas um torrão de terra só para mim
Plantar e tudo e com o meu trabalho ajudo o meu sertão
Eu trocaria a minha caneta por uma enxada
Trabalhar na roça abrir uma invernada
E assinar meu nome aqui neste chão.