O show da fé
Sistema clandestino
Não há muito a se fazer
As duvidas são inesperadas
E as dores mais covardes reaparecem
numa dessas madrugadas
As duvidas são inesperadas
E as dores mais covardes reaparecem
numa dessas madrugadas
todas as fichas foram apostadas
as cartas na manga... esmagadas
é melhor ter fé
e continuar a luta de pé
prosseguir, crer e não acreditar
que mesmo assim ainda pode perder
Dados lançados na escuridão
As velas acessas no porão
Remedem mais as trevas
Do que a busca de solução
Lembre amigo: só descobrindo o esquema
Virá a sua iluminação
Que fé é essa?
Nem com tantas promessas ele se salvou?
Que fé é essa?
Só conserva o que não presta
Sob a cabeça de quem nela se cegou
Talvez seja a luz das velas
O problema da falta de visão
Falta trabalho...salário... falta pão...
Mas o dogma lucra como nunca
Em tempos de show da fé na televisão
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