Vira da desfolhada
Teresa salgueiroDesde esse dia,
Morra, se minto.
Por uma coisa tão pouca,
Bico na boca,
Não sei que sinto.
Mal haja o ladrão da estrada!
T´arrenego! Cruzes! Figas!
Beijo dado sabe a rosas,
Roubado, sabe a urtigas.
Vira, vira, virou,
Vira e torna a virar,
Roda, roda, rodou
Cada qual com seu par
Vira, vira, virou,
Vira e torna a virar,
Roda, roda, rodou
Cada qual com seu par
A chita da minha blusa
Já não se usa.
Foge, demónio!
Não quero a tua riqueza,
Quero a pobreza
Do meu António.
Fazes mal, ó moreninha,
Que o amor dum marinheiro
Sobe e desce como as ondas
É como agulha em palheiro
Vira, vira, virou,
Vira e torna a virar,
Roda, roda, rodou
Cada qual com seu par
Vira, vira, virou,
Vira e torna a virar,
Roda, roda, rodou
Cada qual com seu par
Adeus, amor, vai-te embora
Dá tudo fora
Não tenhas dó!
A rosa é mas bravia,
Não tem Maria,
Uma rosa só!
Vira, vira, virou,
Vira e torna a virar,
Roda, roda, rodou
Cada qual com seu par
Vira, vira, virou,
Vira e torna a virar,
Roda, roda, rodou
Cada qual com seu par