Thelfos

Começo do fim

Thelfos
Chorei, chorei, até ficar sem ar
Então, eu resolvi parar de chorar
Eu cobicei demais
Ações mal calculadas
Eu plantei demais que esqueci que teria que carregá-las
Não finja ser forte, pois eu posso notar
Já que você se nega, eu chorarei em vosso lugar
As lágrimas que eu carregava começaram a pesar
Eu sinto que sozinho eu não poderei mais suportar
Os enxergo de forma diferente, eu tenho esperança
O que é preciso para findar o ciclo de matança?
Me questiono: Será que os demônios podem amar?
Claro que não
Até sentimentos querem copiar
Querem tirar aquilo que nos difere dos animais
Nos reduziram a seres irracionais
Não sabia que a morte dela me machucaria tanto
Seu corpo mutilado me fez desistir deste plano
Viver dói tanto, não temo mais a morte
Hoje eu sou forte e não adiantou de nada
Tentei salvar quem não podia ser salvo
Tornou evidente a mim, no fim daquela batalha

O chão fere os meus pés, pois eles estão descalços
Os espinhos da rosa furam as minhas mãos
Meus erros? Sei que errei
Reconheço, sou falho
Mas dou novos passos rumo à redenção

E vai, sua alma definha ainda mais
A guerra interna que se veste com a paz
Doce ilusão que amarga demais
Quando passa e se olha pra trás
A sombra que se esconde, mas tu não vê
Nas pequenas coisas que ainda abraça
O inferno chama todo dia por você
Toda vez que tropeças e bebes da sua taça
Entende?
Tente, lutar consigo mesmo diariamente
Mente aquele que diz que nunca errou
Gente de pequena fé
Se é, é
Difícil é permanecer de pé
Querer não é poder, né, zé?
O poder vem pra quem segue em frente
É na fraqueza que a força se torna evidente
A resposta tá nas linhas, entrelinhas
Se não sente, abra os olhos e os ouvidos
Tenha uma mudança de mente
A perversidade se tornou normal
Enquanto a promiscuidade é a moda atual
Desejos da carne
E o banquete vem e dá o aval pra sobremesa da tarde: Morte espiritual

Eu sinto escorrer pelos meus dedos os resquícios de diversas vidas
Não nos resta mais nada a não ser aguardar pela intervenção divina
Eu peço: Senhor, não desista de mim, não desista do mundo
Meu corpo és infernal, mas meu coração permanece puro
Não tente me enganar, pois eu posso enxergar
O seu ser interior está desmoronando por dentro
E eu sei que sentes tanta dor
Tanto amor, tanta dor, tantas virtudes, tantos pecados
Tanto sangue que eu derramei e o senhor sempre esteve ao meu lado
Perdão pai, eu pequei
E os seus irmãos?
Também pecaram!
Você lutou?
Eu lutei, mas eu saí fracassado
Eu desisto deste plano, pois o céu não está aqui
Meu lugar é ao lado dela e eu mal pude me despedir
Chorei, chorei, até ficar sem ar, sem ar, sem ar
Pois os arrependimentos que eu carregara
Não posso mais suportar
Não quero mais carregá-las
Não quero mais suportá-las
Minha força de vontade no fim não adiantou de nada

O chão fere os meus pés, pois eles estão descalços
Os espinhos da rosa furam as minhas mãos
Meus erros? Sei que errei
Reconheço, sou falho
Mas dou novos passos rumo à redenção

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