Morada
ThelfosMenti sempre sem medo
Pois o medo já não está no ninho do meu peito
Aqui quem dorme é o pesar
E dói ver que não tenho tanto pra dar
O sorriso se apagou com o tempo
O tempo apagou aqueles bons momentos
Momentos que se mesclam ao sofrimento
Sofrimento que se cala com o soprar do vento
O vento vem e me traz algumas palavras
Palavras que me apontam uma nova estrada
Estrada que conheço
Mas me fala
Quem nunca quis seguir as mesmas velhas pegadas?
Seja por saudade ou curiosidade de viver
O mesmo início e mudar aquele final
Seria crueldade ou só força de vontade
Que vem e mexe comigo de forma sobrenatural?
Pessoas que vêm e se vão
Nem sei quantas são
Já perdi as contas
Sempre vieram
Fizeram sorriso
E bem depois disso, sumiram
São tantas
Pensei que ao menos uma vez
Alguém chegaria e faria morada
Quando perco a esperança
Você me aparece na porta de casa
Vejo rostos que não conheço
Lembro dos que conheci
Diferente mas ao mesmo tempo vivo o que vivi
Sinto o que eu não senti
Me perco como eu sempre me perdi
E me encontro no sorriso mais torto que eu já vi
Me escondi de mim mesmo e dos outros que iriam olhar
Menti sempre sem medo
Pois o medo já não está no ninho do meu peito
Aqui quem dorme é o pesar
E dói ver que não tenho tanto pra dar
Me escondi dos meus erros
Fingi sempre acertar
Menti sempre sem medo
Eu estava a acreditar
Nesse caminho vejo as marcas que vão ficar
Boas ou ruins
Dependem do meu olhar
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