Vanilda bordieri

Adoni-bezeque

Vanilda bordieri
Adoni-Bezeque era um rei perverso e cruel
Cada cidade que ele saqueava o rei da mesma torturava
A sua marca registrada era a mutilação:
Pra mostrar o seu poder se alegrava na humilhação
E a identidade desse rei ele arrancava de si
E os polegares desse homem eram troféu para Adoni.
Adoni não permitia outro rei maior que ele.
Adoni se envaidecia colecionando os dedos deles
Ladrão de identidade era a fama de Adoni
Ai daquele que usasse o seu reino invadir
Mas quem oprime será oprimido, e quem humilha será humilhado
Deus abate o soberbo e tira dele o seu reinado
Setenta reis sem identidade comiam migalhas pelo chão
Foram vítimas desse homem sem nenhuma compaixão.
Judá saiu contra ele e em meio à perseguição
Tomou a Adoni e o lançou na prisão
No lado oposto da moeda conheceu sua própria punição
Judá lhe fez sentir na pele sua própria humilhação
Arrancando-lhes os polegares dos seus pés e das mãos
Agora, sem identidade, Adoni responde então...

Adoni, Adoni, o que você vai fazer? Sem os dedos dos pés você não pode correr!
Adoni, Adoni, me diz como vai ser? Sem os dedos das mãos você não tem poder!
Adoni, Adoni, me diz quem é você? Sem identidade, quem vai lhe reconhecer?
Adoni, Adoni, o que você vai comer? Vai comer as migalhas dadas a você!
Adoni, Adoni, a lei é mesmo assim: o que faz pros outros vão fazer pra ti!
Adoni, Adoni, é bom reconhecer: você plantou e, agora, é hora de colher!
Aqui se faz, aqui se paga, aqui se planta aqui se colhe
Aqui se faz, aqui se paga, no final da história é você que escolhe.

Deus vai mandar o seu poder, vai nos encher de autoridade
E ninguém poderá roubar, irmão, a nossa identidade
O nosso Deus está aqui e, com certeza, vai agir
E hoje Ele vai queimar todo espírito de Adoni!

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