Meu nome É noite vadia
VanusaE minha vida é uma estrela
A minha casa é a estrada
Seja ela qual for.
O meu cavalo ainda é o vento
Mas minha coragem é meu chicote
Minha casa é a estrada
Seja ela qual for.
Sou como a lira bonita
Nas mãos de um moço leviano
Canto a alegria e a tristeza
Que ele me faz cantar.
Sou um corcel puro sangue
Mas meu dono é um cigano
Por isso nunca moro
muito tempo
Num mesmo lugar.
Às vezes, sou como as águias
Bailo nos céus e nas alturas
E às vezes me arrasto
Qual serpente sobre o capinzal
E às vezes sou tão sereno
Como é serena a brisa do outono
E às vezes fico enlouquecida
Feito um vendaval.
Eu sou a vida
Que ainda duvida
Que a sorte existe
Ou uma pedra de sal
Que se perdeu do mar
Sou um dos filhos de Eva
Nasci depois do Paraíso
Sou como a lágrima
E não sei o que é chorar
O meu cavalo ainda é o vento
Mas minha coragem é meu chicote
A minha casa é a estrada
Seja ela qual for!