Violins

Morte da chuva

Violins
Quem olha nos meus olhos não crê
Que eu apaguei o mundo
E desci ao inferno pra ver o sol

Um dia estive só com você
Só pra eu abrir mão de tudo
E ceder meu destino pra um outro sol

Não mereceu nem luto
A morte da chuva
Eu quero um minuto de tudo
Não quero o que é muito de tudo

Não mereceu meu susto
A morte de deus crua
Eu quero meu susto mais fútil
Eu quero meu susto mais fútil

Como é bonito o meu corpo sem órgãos
Se alimentar de uma porção de vidro
O fim do que é sozinho
É um brinde ao que se cala
Pra que toda arte
Exponha o que se partiu
Vai ser o auge do show
Meu sucesso irrelevante

Não mereceu nem luto
A morte da puta
Um féretro alegre no fundo
O mais morto defunto do mundo

Não mereceu nem susto
A sorte de ser surdo
Eu quero meu susto mais fútil
Eu quero meu susto mais fútil

Como é bonito o meu corpo sem órgãos
Se alimentar de uma porção de vidro
O fim do que é sozinho
É um brinde ao que se fala
Pra em toda parte o homem morrer de rir
Vai ser o auge do show
Quem padece é irrelevante

Quem olha só com os olhos não vê
O assunto que eu discuto
É preciso um sentido que falta em nós

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