A Ópera dos malandros
Wander piresQue lá vem salgueiro
De terno branco
Coração vermelho
Navalha na mão
Chapéu panamá
Deixa a furiosa te levar
Malandragem é ser salgueiro
Riscar no chão da boêmia
Ser carioca, firmar no terreiro
E sambar na academia
Na ginga, dançar miudinho
Na vida, vencer os espinhos
Da ópera dos sonhos
Ser o rei mais uma vez
No palco em cena
Alegria da gente
Sem vacilar
Levanta e vai em frente
Não ser melhor nem pior
Apenas diferente
Entra roda, vem salgueirar
Vamos embora ao clarear
Quero te amar a vida inteira
Mas depois da saideira
O mestre sala da rua
No morro não marca bobeira
Sob a luz da lua
Tira onda na gafieira
Êh malandragem, êh malandragem
Na hora do jogo não é brincadeira
E no carteado não leva rasteira
É de bar em bar que eu vou
Vadiar com meu amor
Vai cantar pra subir, não demora
Deixa o povo aplaudir, é agora
Vamos na fé chegou a nossa hora
Salve seu zé chegou a nossa hora
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