Debaixo do cobertor
Wilson das neves
Desde que ela foi embora
A rotina em meu lar mudou
Eu almoço e janto fora
E a faxina já se acumulou
No meu terno de cambraia
Não tem mais botão no palitó
Secou no jarro o pé de samambaia
E já silenciou meu curió
Se eu preciso alguma coisa,
Não sei onde ela guardou
Saca-rolha, agulha, lâmpada,
pano de chão, pregador
Cama feita não existe,
As gavetas estão de fazer dó
Volta depressa amor, que é muito triste
A rotina do lar de um homem só
Não tem mais rádio ligado
O vizinho do lado é que comemorou,
Porém perdeu a alegria
Esse dia-dia do meu bangalô
Como era ótimo o cheiro
Daquele tempero pelo corredor
Casa que não faz fumaça
Ninguém acha graça me faça um favor
Volta meu bem dá um jeito,
Primeiro em meu peito depois no chatô,
Porque amor tua ausência ainda acho,
Dói mais é debaixo do meu cobertor.
A rotina em meu lar mudou
Eu almoço e janto fora
E a faxina já se acumulou
No meu terno de cambraia
Não tem mais botão no palitó
Secou no jarro o pé de samambaia
E já silenciou meu curió
Se eu preciso alguma coisa,
Não sei onde ela guardou
Saca-rolha, agulha, lâmpada,
pano de chão, pregador
Cama feita não existe,
As gavetas estão de fazer dó
Volta depressa amor, que é muito triste
A rotina do lar de um homem só
Não tem mais rádio ligado
O vizinho do lado é que comemorou,
Porém perdeu a alegria
Esse dia-dia do meu bangalô
Como era ótimo o cheiro
Daquele tempero pelo corredor
Casa que não faz fumaça
Ninguém acha graça me faça um favor
Volta meu bem dá um jeito,
Primeiro em meu peito depois no chatô,
Porque amor tua ausência ainda acho,
Dói mais é debaixo do meu cobertor.
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