Xangai

Poema do livro "carne e alma"

Xangai
Senhores críticos, basta
Deixai-me passar sem pejo
Que um trovador sertanejo, vem seu pinho dedilhar
Eu sou da terra onde as almas são todas de cantadores
Sou do Pajeú das Flores, tenho razão pra cantar
Não sou um Manoel Bandeira, Drummond nem Jorge de Lima
Não espereis obra-prima desse matuto plebeu
Eles cantam suas praias, palácios de porcelana
Eu canto a roça, a cabana, canto o sertão que é meu.
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