Pores-de-sol
Xico bizerra
Quantos pores-de-sol se farão necessários
Prá que a lua me mostre o fim dessa dor ?
Quais léguas de rios em seus estuários
Trarão pros meus mares esse teu amor ?
Quantos mil ocasos serão descriados ?
Saudades, eu sei, vão chover sobre mim
Em que arrebóis os meus sóis espraiados
Vão fazer dos teus nãos, um dia, um sim ?
Estrelas cadentes que passam tão breves
Velozes, fugazes, me negam o olhar
Em qual dialeto teu nome escreves ?
Me diz em que terras te devo buscar
Vem, anos-luz de lonjura do meu coração
Ser candura da lua, luar do sertão
Dizer tudo aquilo que ninguém me diz
Vem, estradas tiranas, pós de solidão
Ser partitura de minha canção
Ouvir o meu verso e me fazer feliz
Prá que a lua me mostre o fim dessa dor ?
Quais léguas de rios em seus estuários
Trarão pros meus mares esse teu amor ?
Quantos mil ocasos serão descriados ?
Saudades, eu sei, vão chover sobre mim
Em que arrebóis os meus sóis espraiados
Vão fazer dos teus nãos, um dia, um sim ?
Estrelas cadentes que passam tão breves
Velozes, fugazes, me negam o olhar
Em qual dialeto teu nome escreves ?
Me diz em que terras te devo buscar
Vem, anos-luz de lonjura do meu coração
Ser candura da lua, luar do sertão
Dizer tudo aquilo que ninguém me diz
Vem, estradas tiranas, pós de solidão
Ser partitura de minha canção
Ouvir o meu verso e me fazer feliz
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