Meu canto
Xirú missioneiroResgatando no canto que faço as raiz em pedaço que achei no caminho
Meu canto que vem no reponte é parido do campo cheirando capim
Qual relincho de potro e touro que berra escarvando terra nos bujão de cupim
Meu canto trás reminiscência e não conhece maneia ou buçal
Mas tenho o jeito da minha querência moda véia bem xucra e bagual
E esta vinte e quatro baixo que vai repontando o segredo
É o xucro rio grande macho que bufa e berra na ponta dos dedo
Meu canto nasceu no borraio no calor da cinza do cerne de angico
Trás a marca riscado na tarca dum xiru monarca do rio grande antigo
Temperado ao vapor da fumaça do chio da chaleira e no canto dos galo
Meu canto bufa fazendo rumor, rufo de tambor, nas pata do meu cavalo
Meu canto trás reminiscência e não conhece maneia ou buçal
Mas tenho o jeito da minha querência moda véia bem xucra e bagual
E esta vinte e quatro baixo que vai repontando o segredo
É o xucro rio grande macho que bufa e berra na ponta dos dedo
Fui criado a campo fora retinindo as espora pelas madrugada
Nas ronda de tropa fui acrimatado c'os garrão rachado curtido da geada
Nasci quero morrer no campo tomando e proseando com o bicharedo
Meu canto é selvagem não froxa o garrão tem a formação
Desta pátria de são pedro
Meu canto trás reminiscência e não conhece maneia ou buçal
Mas tenho o jeito da minha querência moda véia bem xucra e bagual
E esta vinte e quatro baixo que vai repontando o segredo
É o xucro rio grande macho que bufa e berra na ponta dos dedo
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