Yzalú

Aquele menino

Yzalú
Eu olhei aquele menino esmolar
No mesmo farol às sete horas da manhã e quem que perceberá
Ele passa pedindo uns trocados pro café
De pés descalços enxerguei, os carros ignorar

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Só que tudo bem, é só mais um não é ninguém
E pra você favela não tem, periferia é quem

Às vezes eu acho que todo preto como eu,
Só quer um terreno no mato só seu, sem luxo, descalço,
Nadar no riacho, sem fome pegando as frutas no cacho,
Aí truta é o que eu acho, quero também,
Mas em são paulo Deus é uma nota de cem, vida loka

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