Nos tempos de infância
Zé barth
Quando eu era pequeno diziam que eu era louco
Queria ser um artista, mas era muito pitoco
Levava papel pra roça escrevia em cima de um toco
Mas hoje com essas letras estou faturando um troco
Queria ser um artista, mas era muito pitoco
Levava papel pra roça escrevia em cima de um toco
Mas hoje com essas letras estou faturando um troco
Fiz microfone de barro pra com meu mano cantar
Como se fosse uma radio pra gente se acostumar
Mas nem o meu próprio irmão conseguia me aturar
Estraçalhava a minha radio nós começava a brigar
Eu trovava e carpia quando lembro me dá um trauma
O meu pai e meus irmãos vieram com muita calma
Me pegaram num flagrante que feriu a minha alma
Cada verso que eu fazia eu mesmo batia palma
Na gaita velha do pai eu virava a insistir
Ele gritava que saco vai lá pro rancho guri
Mas com 12 anos de idade aprendi e consegui
Tocar um baile pra um cara e até hoje não recebi
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