Colheita de espinho
Zé mulato e cassianoDói demais saber que todo o carinho que dei foi em vão
Até poesias que eu fiz pra ela e por ela não podem
Comover um pouco e arrancar sentimentos do seu coração
Dói ficar sozinho havendo plantado afeto e carícias
Tentando com isso prevenir-me contra a cruel solidão
Não valeu a pena eu plantar amor e regar com poesias
Pois dessa colheita eu tenho guardado só desilusão
O que mais me dói é chegar ao ponto de implorar carinho
Eu que sempre fui fiel voluntário em lhe cercar de amor
É demais pra mim sentir-me feliz em colher os espinhos
Para ter a glória de mesmo ferido aproximar da flor
Dói sofrer calado enquanto minha alma grita por socorro
Quando tinha tudo pra ser feliz e me vejo a penar
Inútil plantio, amarga colheita que eu faço agora
Compreendendo a força, a grande tolice, imprudência de amar
Fiz um jogo limpo, fui franco e sincero amei sem reservas
Abri o meu peito, entreguei retalhado o meu coração
Mas ela não pode, não quis e nem soube entender esse amor
E tudo que fiz ela simplesmente atirou ao chão
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