Tarde sertaneja
Zé mulato e cassiano
Como é bonita uma tarde sertaneja
Quando o sol vai se escondendo
Formando lindo arrebol
E a cabocla com seu vestido de xita
Fica ainda mais bonita
Exposta aos raios de sol
E despedindo o sol do mes de agosto
Vai beijando aquele rosto
Sumindo na imensidão
E o caboclo admira sua amada
Na tardinha perfumada
Pelo aroma do sertão
E apaixonado com este quadro perfeito
Põe a viola no peito,
E canta esta canção
Quando o sol vai se escondendo
Formando lindo arrebol
E a cabocla com seu vestido de xita
Fica ainda mais bonita
Exposta aos raios de sol
E despedindo o sol do mes de agosto
Vai beijando aquele rosto
Sumindo na imensidão
E o caboclo admira sua amada
Na tardinha perfumada
Pelo aroma do sertão
E apaixonado com este quadro perfeito
Põe a viola no peito,
E canta esta canção
Não há ó gente ó não
Luar como este do sertão
Não há ó gente ó não
Luar como este do sertão
Mais uma hora e a lua cheia prateada
Surge ao longe na chapada
Com a pose de rainha
E lança luz nas flores que vão se abrindo
Talvez esteja sentindo
Ciúmes da caboclinha
E nessa hora com a brisa nos cabelos
Carinhando com desvelo seu caboclo, seu varão
Que mais uma vez põe a viola no peito
E os dois cantam em dueto envolvido de emoção
Neste ambiente de ternura e nostalgia
Embebidos da poesia do Catulo da Paixão
Não há ó gente ó não
Luar como este do sertão
Não há ó gente ó não
Luar como este do sertão
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