Zé profeta

O samba É bola da vez

Zé profeta
Rio, o pincel do Criador, ao te fazer, caprichou demais
Abusou da arte na beleza dos teus montes e nas curvas do teu mar a te abraçar
Pôs no carioca irreverência e alegria de quem é capaz
De, entre mortos e feridos, preparar a fantasia para desfilar

Rio, o destino te elegeu passarela do esporte até dezesseis
E transformou-te em palco do sonho de todas as raças, tradições e cores
Que oxalá os teus tiros e dores
Cedam lugar ao rufar dos tambores
E o mundo mergulhe no samba, a bola da vez

O Cristo Redentor, teu abre-alas, diz
Que a esperança fala português
O carioca, eterno aprendiz
Da melhor profissão: ser feliz
Quer paz pra levar o seu samba, a bola da vez

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