Emoções gritantes [§6]
3 janelasTudo em volta me faz tentar seguir com os meu velhos planos
Não sei se é depressão, só sei que quero sumir
Ninguém pensa com penso, não vejo razão pra seguir
É foda ser tipo Hamster na gaiola da vida
Passo mais tempo trampando, do que com a própria família
Também não sei se queriam ter minha presença a mais
É um bilhão de perguntas pra uma mente incapaz
Rotina que me esfaqueia com uma faca de mesa
Saio cedo, chego tarde, e aparentou tristeza
Amigos constantemente dizendo que sou dramático
Certamente não entendem nem um por certo que eu passo
Nada mais é como eu quero, nada, é do meu agrado
Nada, já me faz sorrir, porra tá ficando chato
Mostram o exemplo dos outros, mas não me traz o conforto
Cada um com sua sina, eu sei da minha, eu resolvo
Até demonstro por fora ter uma vida uma vida legal
Só que o sorriso no rosto, camufla bem todo mal
Me deparei com o choro profundo, inexplicável
Por muitas vezes pensei, matar quem tá do meu lado
Transcrevo aqui a resposta justificando o ato
Essa folha falará toda a dor que eu trago
Desculpa mãe por se fraco, mas foi um mal necessário
A vida é um show e eu quero manter distancia dos palcos
Sem forças pra lutar
Não quero mais seguir
Sem sorrir, sem sentir
Mentindo para mim
Não quero mais viver, por viver
Só sofrer
Machuca minha alma
Deus perdoe minha falha!
Ainda reflexivo sobre o que vou fazer
Será que é a saída? E eu decidi que vai ser
E pra chegar a tal ponto falharam alternativas
Falharam pessoas amadas, falhou a fé corrompida
Lágrima rola no rosto, eu sinto medo de fato
Rabisco a trilha da morte, enquanto me preparo
Penso em tudo que fiz, sorriso amarelado
Mais um pouco de café, acendo mais um cigarro
Recapitulo meus dias, uma semana acordado
Conectado a ideia, secando Whisky e cheirado
Sinto que não farei falta, até então não notaram
Não transo mais com a mulher, falta atenção no trabalho
Não perceberam o silêncio, nem que não alimento
Bebi a semana toda, mas pra eles tá “valeno”
Bom dia não ouço mais. Um obrigado é raro
Como está? Nem em sonho. Sinto que eu nada valho
Se é pecado ou não, sem importância pra mim
Ta decidido, é pessoal, o meu limite é aqui
Todo nada que consegui, deixarei pra trás
Essa vida vivendo em vão, eu já não quero mais
Nesse vigésimo terceiro dia de novembro
Carrego a arma e entendo, que se aproxima o momento
Onde nasci morrerei, assim como planejei
A data marca o início e o fim de um Zé Ninguém