A barca do sol

As boas consciências

A barca do sol
Não faça nada, não faça ruído
Você precisa aprender de ouvido
Eu sou o fantasma do fim de semana
O espaço é a roda e eu sou a caçamba
E ainda mais
Você é um coitado de porta estandarte
Daquilo que eu via na boca dos outros
Não sonha mais

Ouviu
O ronco dos clarins
E diz q só sabe sambar

Tem um bandido no sono, pesadelo
Tem uma sombra que aponta no espelho
Mas não se comova
Nem vá ao cinema
Tem sempre uma pedra no seu melodrama
Não diga mais que é feito de ferro
Que encara o barulho
Que dança o sambinha enquanto ele dura
Mas volta atrás

Depois que o jogo terminar
Depois que a fogueira queimar

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