A canna

V8 - motel

A canna
Vê oito na estrada, coração acelerado,
comendo muito asfalto num volante maltratado.

Se eu olho para cima vejo teto esfumaçado,
não abre a janela que me tira do traçado.

olho e ao meu lado que beleza de menina,
garota vagabunda, saia curta e meia fina!

rostinho de princesa e no corpo é mulher,
se insinua para mim, eu sei bem o que tu quer!

MOTEL! MOTEL! Princesa do V8 numa cama sem DOSSEL,
MOTEL!!!
MOTEL! MOTEL! corpinho bem gostoso, quente e doce como
MEL!

Saindo do pulgueiro eu continuo acelerando,
Sonzera na estrada, Eu, a Mina e o Carango.

Na mente não havia mais nada em que pensar,
só a fome do caralho que vinha me atacar.

O ponteiro do vê oito, filha da puta, me traiu...
parei num posto sujo pra encher o seu barril,

A mina olhou pra mim e disse: BEM, DA UMA OLHADINHA!
A casa do postinho ainda tinha uma vaguinha...

MOTEL! MOTEL! Princesa do V8 numa cama sem DOSSEL,
MOTEL!!!
MOTEL! MOTEL! corpinho bem gostoso, quente e doce como
MEL!

Vê oito contrataca e cai de volta no percurso,
no trilho do demônio 180 não é custo,

A mina do meu lado nem aí pro meu carrão,
tá satisfeita, princesinha, se lambuzou lá no postão?

Mas hei que a chuva grossa cai em cima do capô,
a mina se arrepia e manda: "PÁRA ESSE MOTOR!".

Pulou lá pra trazeira e mandou eu enconstar,
dedinho provocante me fez lhe acompanhar...

MOTEL! (a traseira virou...) MOTEL! Princesa do V8 fez
do carro seu MOTEL!!!
MOTEL! MOTEL! corpinho bem gostoso, quente e doce como
MEL!

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