A nuvem negra
A nuvem negra
Ei, alguém me apague a luz
Prefiro não ver nada mais
Ei, alguém me tranque a porta
Que hoje o infinito se contrai
Prefiro não ver nada mais
Ei, alguém me tranque a porta
Que hoje o infinito se contrai
Que os meus fantasmas calem os seus risos
E abram espaço para os meus vazios
Ei, nuvem negra trope?
E no percalço da queda se jogou em mim
Ei, não se desculpe, minha pequena
Que às agruras da vida, eu acostumado estou
E em meus braços acolherei seus prantos
E deles eu farei os meus, para o meu próprio acalanto.
Ei, ouço alguém descer degraus
Serão minhas lembranças ou meu coração pesado?
Ei, alguém ao longe chama
Talvez não seja de hoje, mas de tempos já passados
Que os caracóis da fumaça lenta
Ecoem os mares e mares da minha tormenta
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