A prosa

Aurora

A prosa
Espera o dia amanhecer e a aurora chegar.
Espera, que ela volta já!
Não é necessário pedir que as pessoas te ajudem.
Aguarda e guarda o teu olhar...
Vês que desgosto que causas ao gosto de quem quer te amar,
Nem peças, pois há muito por esperar.
A amargura da noite te faz companhia
Aprende depressa a te acostumar.
E sair de casa vestido de morto,

Levando o aperreio de quem sempre foi sombra entre os demais,
Insatisfeito consigo, com os outros e os seus ideais.
Levanta-te! põe teus pés sobre o céu e se ponha a sorrir!
Engana-te! pois aurora já não está aqui para te ver sorrir.

Espera o dia amanhecer e a aurora chegar.
Espera, que ela volta já!
Não é necessário pedir que as pessoas te ajudem.
Aguarda e guarda o teu olhar...

Há muito que andas distante, dissestes que irias nos visitar.
Não há como, nunca mais moramos lá.
Quem sabe o arauto dos teus velhos sonhos
Te livre do medo que está por findar.
Esqueças, não tens arautos e nem velhos sonhos...
Só tens desenganos, planos distorcidos e imagens do oitão,
Ao passo que tudo que crias atiras ao chão.

Prepara-te! noite já vai embora e o tempo a esperar.
Escuta-me, pois aurora já não vai chegar... para te ver chorar.

Espera o dia amanhecer e a aurora chegar
Espera, que ela volta já!
Não é necessário pedir que as pessoas te ajudem
Aguarda e guarda o teu olhar...

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