Aboio de vaqueiro

Mulher esperta/ É disso que o velho gosta (pot-pourri)

Aboio de vaqueiro
Eu já conheci sujeito, danado na valentia
Que não enjeitava briga, nem de tiro ele corria
Pegava boi pelo chifre, que na mangueira caia
Não existia prá ele, cachaça que não bebia
Mas galo virava frango, quando a paixão batia
Acredite se quiser, nos braços de uma mulher
Não vi um que não gemia

Mulher esperta, que conhece o bicho homem
Sabe que cavalo solto, traça o capim depois some
Mulher esperta, que sente o cheiro da fome
Deixa por a mão no prato, mas comer ele não come!

Eu sou um peão de estância
Nascido lá no galpão
E aprendi desde criança a honrar a tradição
Meu pai era um gaúcho
Que nunca conheceu luxo
Mas viveu folgado enfim
E quando alguém perguntava do que ele mais gostava
O velho dizia assim

Churrasco e bom chimarrão, fandango, trago e mulher
É disso que o velho gosta é isso que o velho quer

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