O tombo
Abramo machado e felipe araujoNum galope de alvoroço foi debochando da lida
Esbarrou junto das tábuas, na terra do mangueirão
Deu cara volta pro povo batendo casco no chão
Armaram-se as rodoilhas, argolas e seus mandados
Couro de boi tento a tento, nas mãos do negro trançado
Um baio ganhou ás, zunindo sobre o chapéu
E um reboleio de laço pra terminar o troféu
Alguém de longe gritou: Fez farra com o tirador
E o zaino escarceando crina largou no seu partidor
Primeira armada no chão, a segunda quase pega
Terceira foi um buraco juntando potro e macega
Foi como botar com a mão, armada do capataz
Cerrou na volta dos pulso e é bem assim que se faz
E o potro virou de volta trocando sua condição
Quem derrubou tanta gente, hoje conhece o chão
Depois ergueu-se uma poeira e terminou-se o tropéu
O capataz 'noutra' ponta acomodou o chapéu
Quem não viu, ouviu de longe, laço tinindo e estouro
E o tombo foi o encontro da terra bruta com o couro
Alguém de longe gritou: Fez farra com o tirador
E o zaino escarceando crina largou no seu partidor
Primeira armada no chão, a segunda quase pega
Terceira foi um buraco juntando potro e macega