Rosa brejeira

Nasceu em noite chuvosa
Cresceu no meio da feira
E tinha por nome Rosa
A flor cheirosa e faceira.

Viveu naquele sertão
Sonhando o amor primeiro
E tinha como companheiro
O luar puro e brejeiro.

Por encanto um cantador
Que por lá apareceu
Trazendo no seu cantar
Os amores que viveu.

Fez Rosa se apaixonar
Com seu canto encantador
Roubando sua inocência
Nos segredos do amor.

Foi nas areias do rio
Que Rosa desabrochou
Como quem nasce da terra
Naquela noite aflorou.

Hoje vive andarilha
Pelas léguas do sertão
Carregando em seu peito
O amargor dessa paixão.