Accubitorium

Espectros do império da morte

Accubitorium
“então você não viu?”.
Perto das ruínas desprezíveis que aprisionam os maus espíritos
Em volta dos cemitérios abandonados
Ou sobre ladeiras de ribas desmoronadiças
Em lugares onde a erva não cresce jamais
Como se um sopro impuro tivesse passado lá
E esterilizado o solo”.

Avance e sentirás o hálito gelado
Correr em teus cabelos
Vai ao longo desta mata de sinistra aparência
Você não percebeu?
Lúcifer pegou na tua mão
É ele quem te guia
E tu obedeces em silêncio ao seu encanto
Bestial

Vocês irão subir a abrupta rampa
Aonde as moitas vermelhas parecem espectros
Agachados no vapor do crepúsculo
A noite já caiu
Mas eis que um clarão sinistro
E sangrento
Bate e atinge o antigo altar dos celtas.
A lua já se ergueu...

Vamos, a lua já se ergueu
No horizonte se ilumina como num dia estranho
Dentro de poucos instantes
A morte vai vomitar todos os espectros do seu império
São indecisas larvas que se oscilam
Serpentes de olhar flamejante
Que bruscamente se apaga...

“eis que aparecem mulheres nuas, uivantes, selvagens e desenfreadas”.
Recitando cânticos e antigos ritos de magia
Estamos no sabá...”.

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