Não é cego
Aço doce
Algodão entre os cristais
Nosso amor e nada mais
É flor no espinheiro
Que ao desleixo sucumbe
Em sua beleza e doçura
No suplício da saudade
É só ternura
Nosso amor e nada mais
É flor no espinheiro
Que ao desleixo sucumbe
Em sua beleza e doçura
No suplício da saudade
É só ternura
Não há metreo que o meça
Nosso amor só se expressa
Em infinita medida
Alivia chagas, feridas
No firmamento não cabe
Não é cego, nosso amor
Só vê com outros olhos
O que aos ingênuos escapa
Sua profundidade, o universo
Nosso corpo invade
Bálsamo da alma
Submerso, nem pensar
Explode revolto, como ondas do mar
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