Aos vinte e tantos anos
Ascendo um cigarro
Preparo uma dose
E tento escrever uma canção
Acho um tom
Que uma voz rouca aguenta
E assim... vou indo em qualquer direção

Tudo que eu tenho na minha vida
É um violão
E minha voz rouca que mal canta esta canção
Um trago no cigarro
E a bebida da o tom
A essa melodia
Essa poesia
Esse som

Se a vida se diz breve
E escorre pelas mãos
Tenho um momento de lembranças
E afogo a solidão
Com um tubo do seu cheiro
Chego a alucinação
Em seu corpo morre
A lucidez é a contramão
Lucidez é a contramão

Vou me embebedar
Das mais loucas memórias
Quero cantar
Continuar minha história
Vou me entorpecer
Do que vivo agora
Toda hora é hora

Num maço de garotas
Encontro diversão
Fumo cada uma e jogo a bituca no chão
Mais se o acaso me persegue
O que posse fazer?
Entrego a minha vida a uma overdose de você
Overdose de você

Vou me embebedar
Das mais loucas memórias
Quero cantar
Continuar minha história
Vou me entorpecer
Do que vivo agora
Toda hora é hora

Vou me embebedar
Das mais loucas memórias
Quero cantar
Continuar minha história
Vou me entorpecer
Do que vivo agora
Toda hora é hora
Toda hora é hora
Toda hora é hora

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