Noites cariocas
Ademilde fonseca
Sei que ao meu coração, só lhe resta escolher
Os caminhos que a dor sutilmente traçou para lhe aprisionar
Nem lhe cabe sonhar com o que definhou
Vou me repreender pra não mais me envolver nessas tramas de amor
Eu bem sei que nós dois somos bem desiguais
Para que martelar, insistir, reprisar
Tanto faz, tanto fez
Eu por mim desisti, me cansei de fugir
Eu por mim decretei que fali, e daí?
Eu jurei para mim não botar nunca mais minhas mãos pelos pés
Os caminhos que a dor sutilmente traçou para lhe aprisionar
Nem lhe cabe sonhar com o que definhou
Vou me repreender pra não mais me envolver nessas tramas de amor
Eu bem sei que nós dois somos bem desiguais
Para que martelar, insistir, reprisar
Tanto faz, tanto fez
Eu por mim desisti, me cansei de fugir
Eu por mim decretei que fali, e daí?
Eu jurei para mim não botar nunca mais minhas mãos pelos pés
Mas que tanta mentira eu ando pregando
Supondo talvez me enganar
Mas que tanta crueza
Se minha certeza é maior do que tudo o que há
Todas as vezes que eu sonho
É você que me rouba a justeza do sono
É você quem invande bem sonso e covarde
As noites que eu tento dormir bem em paz
Sei que mais cedo ou mais tarde
Eu vou ter que expulsar todo o mal que você me rogou
Custe o que me custar vou desanuviar
Toda a dor que você me causou
Eu vou me redimir e existir mas sem ter que ouvir
As mentiras mais loucas que alguém já pregou
Nesse mundo pra mim
Sei que ao meu coração...
Sei que mais cedo ou mais tarde
Vai ter um covarde pedindo
Mas sei também que o meu coração
Não vai querer se curvar só de humilhação
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