Quem eu sou
Adja medeirossem muito lugar para se mover,
eu avistei o céu,
e o que eu vejo é mais distante do meu orgulho do que as dores que carrego no peito. Era um tão simples confuso que não cabia mais ninguém na trama.
Ainda me lembro daquele olhar frio procurando um motivo,
até que ao bater de frente ao meu,
me mostrando os pontos fracos,
os certos e os errados me fizeram ter certeza de nada mais saber.
Choro silenciosamente em auto e escorregadio intervalos de soluços
ora agudos
ora graves,
procuro por dentro dos meus ossos um frio que não me mate,
mas que me consuma em adstringência ao paladar,
eu quero ir até o mais profundo de mim,
não vou deixar meus sonhos se esvaírem
e por fim me derramar em lágrimas mais uma vez tão secas e petrificadas.
Rendendo aos poucos,
deixando se aprisionar pelo medo,
às vezes as palavras cortavam mais que meu sarcasmo,
ainda permaneci em sua melodia irreconhecível
que apos de 3 horas manipuladas,
me tornava escrava da verdade
e incrédula continuava ainda procurando palavras que se encaixassem.
Eu fico esperando o que não tem forma surgir,
romper por dentro,
pra descobrir que a conveniência nem sempre nos leva ao que desejamos,
é sempre muito incerta todas essas frágeis regras que cria,
uma hora ou outra tem que cair
e apenas não vou ligar com as superfícies arranhadas.
Na frente da vitrine que te encontrei,
vi os anos se refletirem,
senti os olhos lacrimejarem escrevendo o discurso dos meus passos,
pulei o que falava de você,
não tão devagar,
mas difícil de esperar que não continue ao meu lado pra sempre.
Aqui estagnei os movimentos,
não há mais orgulho para perder,
sobraram apenas retalhos malfeitos do que eu nunca consegui entender
como palavras escritas na areia,
levadas pelo vento,
perdidas nas interrogações do céu escuro.