Rap mulher
Adna oliveiraNum canto qualquer
Pensando como é a vida da mulher
Uma ralam em várias jornadas
Outras estão por aí jogadas
E a TV com a sua novela
Não cansa de tentar manobrar a favela
Vem com essa: De periguete
De empreguete que vira chacrete
Só te emburrece, te mete essa
Se liga na ideia, e saia dessa
Depois, ela mesma te condena
Você nem nota, se aliena! (“cê num" tá vendo?)
Já dizia o pensador, vê se liga na parada:
Até quando você vai ficar levando porrada?
Mulheres fortes
Seguram o batente
Mulheres guerreiras
São competentes
Triste enredo uma estupidez
Você tão cedo com uma gravidez
Cuide de sua mente não caia na cilada
Estude se informe, e fique preparada
Mesmo que a porta pareça fechada
A luta é essa tem que continuar
Meta sua cara não fique parada
E o preconceito vai ter que acabar
“Se tu se ligar”, e desenvolver
Vou te contar umas histórias só pra você vê
Do subúrbio da Bahia ilha da maré
Exemplos você tem pode botar fé
Das mulheres quilombolas que vivem a pescar
Do pará as quebradeiras o coco a quebrar
De Joana D’arc a Raquel de Queiroz
A juíza negra representa nossa voz
Mulheres fortes
Seguram o batente
Mulheres guerreiras
São competentes
Nem toda brasileira é bunda
Nem toda brasileira é bunda
Nem toda brasileira é bunda
Nem toda brasileira é bunda!
“Mulher, você decide ser o ser que você é!”