Adriano camargo

A cruz apodreceu

Adriano camargo
Onde está o martelo que pregou as suas mãos
Cadê aquela lança que furou o seu pulmão
A cruz que carregava que tanta dor causou
O chicote que o carrasco sem dó o açoitou
Os pregos que furaram seguraram os seus pés
Onde está o discípulo que traiu que perdeu a sua fé
Onde está a multidão que julgou o inocente
Cadê os reis que o condenaram, onde está toda essa gente

A cruz se acabou, a cruz apodreceu, o martelo não tem mais
O martelo se perdeu os pregos viraram pó
A ferrugem os destruiu o discípulo morreu
O chicote ninguém viu seu nome não foi esquecido
Nem o tempo apagou, o seu corpo nada se desfez
Nem um osso se quebrou o tumulo está vazio
Só o seu lugar ficou pois Jesus ressuscitou

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