Sustentando o campeirismo

Um bom cavalo e uma pilcha bem gaúcha
Esta é a estampa dos campeiros do rio grande
De norte a sul do meu Brasil tem nossa marca
E algum monarca do tempo do chapéu grande
Berço nativo pra cultivar tradição
É o CTG que se espalha mundo afora
Nossa cultura vai além dos horizontes
Prosas e versos não precisam de espora

Nossa bandeira representa a rebeldia
Herança guapa da epopéia farroupilha
Tem certas coisas que só no rio grande tem
Vento minuano soprando numa coxilha
No chimarrão e num borrachão de saudade
Nasce amizade num forte aperto de mão
É no galpão onde se contam patacoadas
Chora a cordeona num ponteado de violão

Rancho campeiro da cambona enfumaçada
Nas madrugadas sobre as cinzas de um tição
Aqueço a água e um amargo vou cevando
Vou contemplando os costumes deste chão
Pra peão de estância é o sol que determina
Quando termina ou começa a jornada
Nas campereadas tenho um cusco de parceiro
Braço ligeiro e uma ruana bem domada
Eu sou campeiro e sustento este legado
De laço armado, pedindo tampa patrão
Querência amada, que trago dentro do peito
Um sentimento e o meu destino de peão