Alarido

Olheiras de eurípedes

Alarido
Eu levo uma vida. Sustento meus vícios
Meus dias na Terra até que vão bem
Sustento uma cama Meus erros, meus discos
Meus livros, um quarto, um quadro um vintém
Eu vendo palavras Sorrindo insisto
Invento canções, ilustro o que sei
Eu tenho a cachaça A noite, os amigos
Amarga loucura de matar alguém
O medo ergueu um campo entre nós Descobri doentes pelos bares
A praga ergueu um zelo entre nós
Descobri mil clones pelos baaaaaaares
Ganhei uma vida Cinema fictício
A minha personagem não vai muito bem
Assiste ao cinema Nas telas de vidro
De um carro em Safári, cidade de reis
O medo ergueu um gelo entre nós Descobri descrença pelos bares
A sorte agora é santa entre nós
Descobri a fé chorando em baaaaaaares
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