Tomo y obligo
Albertinho fortunaPois a desgraça,
Preciso afogar,
Triste e perdido, olho quem passa,
Passa esquecido, sem ver meu penar,
Bebe comigo, mas caso eu trema,
Caso eu hesite ou soluce ao cantar,
Não é que eu chore, não é que eu gema,
Eu sei que um homem, não deve chorar.
Se as coisas nos falassem em sinais diria,
De que modo eu a queria,
Com que fé lhe adorei,
Quantas vezes de joelhos,
Ofertei-lhe a minha vida,
Sobre um arvore florida,
Quantas vezes a beijei,
E hoje ao vê-la envelhecida,
Em outros braços embalada,
Foi pra mim tal punhalada,
Que o meu ser se revoltou,
E até hoje não entendo,
O que foi que me conteve,
Que este braço se deteve,
E esta mão não à matou.
Bebe comigo, quanto quiseres,
Pois as mulheres, só posso acusar,
São feiticeiras, são traiçoeiras,
Como a experiência, me obriga a afirmar,
Segue um conselho, não te enamores,
Mas se algum dia tiveres que amar,
Sofre calado, sofre e não chores,
Porque um homem, não deve chorar.
Se as coisas nos falassem em sinais diria,
De que modo eu a queria,
Com que fé lhe adorei,
Quantas vezes de joelhos,
Ofertei-lhe a minha vida,
Sobre um arvore florida,
Quantas vezes a beijei,
E hoje ao vê-la envelhecida,
Em outros braços embalada,
Foi pra mim tal punhalada,
Que o meu ser se revoltou,
E até hoje não entendo,
O que foi que me conteve,
Que este braço se deteve,
E esta mão não à matou....